sexta-feira, 10 de junho de 2011

Tem épocas em que as pausas duram tanto, que esquecemos que estamos dentro delas.





Tem gente que é tão deliciosamente comum, que tudo flui com naturalidade, com uma leveza incrível.

Tem outros que são tão densos e intricados que saem aos trancos.
Algumas plantas florecem o ano inteiro, e nem sequer são notadas.
Outras só florecem uma vez por ano, e são de rara beleza; ou talvez nem fossem, se estivessem alí o tempo todo. Mas todos ficam esperando elas aparecerem.


                                          

Tem certos dias em que meu coração não cabe no peito.



                                          

Tem certos dias que sinto o que o mundo inteiro sente, e penso que sou eu quem estou sentindo.


                                    
                                      

Tem certos dias em que não quero criar vínculos com nada, para que não exista nehuma parada ou ponto de partida. Nem desenhos nem escritas.


                                     

Escrever é como correr atrás do tempo, o tempo todo. Apanhar o próprio pensamento, enquanto ele escapa pelas mãos, pelos vãos dos dedos. É como se ele já estivesse sempre pronto, sempre acontecendo.
Quando desenho penso com imagens. Desenhar é dar uma forma possível para algo indizível. O papel vai desenhando-se na minha frente. Ocupa-se um espaço.







Tem certos dias em que não caibo aqui dentro. E tento me expressar por todos os poros, mas só saem fragmentos e solavancos.


                                      

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